Há lógica no Acordo... Para a surpresa de muitos! (ou não... rs)


via Byline

Olá, Pessoal!

Espero que todos vocês estejam sempre bem e, mais ainda, como gosto sempre de afirmar, pelo Bem! rs

Os "concurseiros/concursistas/concursandos" sintonizados com as mudanças prescritas pelo Novo Acordo Ortográfico já sabem que, a partir de primeiro de janeiro de 2016, os ditongos abertos "ei" e "oi" não deverão ser mais acentuados quando estes formarem a sílaba tônica de palavras paroxítonas. Por ora, permanece a dupla grafia, com ou sem acento.

No entanto, como também já é sabido, as organizadoras já têm exigido conhecimento das regras estipuladas pelo Acordo, de modo que é importante lembrar que vocábulos como idéia, estréia, assembléia, geléia, alcatéia, mocréia, "feféia", "tetéia", "gueguéia" (rs...), jibóia, jóia, heróico, estóico, cenozóico, "totóico", "nonóico", "vovóico" (rs...) passam a ideia, estreia, assembleia, geleia, alcateia, mocreia, "fefeia", "teteia", "guegueia" (rs...) jiboia, joia, heroico, estoico, cenozoico, "totoico", "nonoico", "vovoico" (rs...).

Daí, vocês podem dizer:

- Elementar, professor! Elementar! Nós já sabemos disso, até porque já foi objeto de um artigo seu publicado no Eu Vou Passar. Qual é a novidade então?

Não exatamente uma novidade, mas um ponto que pode escapar ao conhecimento de alguns, ou até mesmo de muitos, é o fato de que o acento não desaparece de palavras paroxítonas que, apresentando os ditongos "ei" ou "oi", terminam em r.

Os mais avexados podem se pôr a dizer:

- Bem que tem gente falando que esse Acordo é "sem pés nem cabeça".

Outros podem alegar:

- É mais uma exceção, dessa vez produzida pelo Acordo, em uma língua já cheia de exceções.

Supomos até que já há os que estão prontos a encabeçar um movimento do tipo "Abaixo o Acordo!" e aleguem se basear no princípio do colunista José Simão: "No Brasil, todos falam errado, mas todo mundo se entende". Se funciona desse jeito, por que se preocupar com as regras?

Como sabemos que não dá para se pautar pelo "princípio do vale-tudo", que as regras existem e nos serão cobradas, é bom acalmar os ânimos e entender a lógica de funcionamento dessa suposta exceção.

É, ao contrário do que muitos pensam, especialmente os mais afobados, o Acordo tem lógica sim, ao menos em vários pontos. E a permanência do acento nas paroxítonas que apresentam os ditongos "ei" e "oi" e terminam em "r" é um deles.

Podem estar perguntando alguns:

- Por quê?

Resposta simples: são acentuadas as paroxítonas terminadas em R, X, N, L, i, is, um, uns, us, ps, ã, ãs, ão, ãos; ditongo oral, seguido ou não de S. Ou seja, decretar o desaparecimento do acento nas paroxítonas que apresentam os mencionados ditongos e são terminadas em "r" é que seria a criação de uma exceção dentro da regra dos vocábulos paroxítonos.

Por isso, palavras como blêizer, contêiner, gêiser (essas, além de terminarem em "r" ainda apresentam ditongo fechado, e a postulação do Novo Acordo fala em ditongos abertos), destróier, Méier** continuam sendo acentuadas. São casos excepcionalíssimos, pois advêm de estrangeirismos aportuguesados (ing. destroyer ou destroyers; alem. Meyer)... sempre "eles", hein! Até o "danado" do trema escapou... (Müller e Mülleriano; Hübner e hubneriana... lembram? Derivados portugueses de nomes próprios estrangeiros).

Um pouco de história...rs

** Em 1884, Dom Pedro II presenteou um amigo com parte das terras de uma fazenda de cana-de-açúcar, no Rio de Janeiro. Esse amigo tinha o nome de Augusto Duque Estrada Meyer, (filho do comendador Miguel João Meyer, português de origem alemã e um dos homens mais ricos da cidade no final do século XVIII), conhecido como "camarista Meyer" por ter livre acesso às câmaras do palácio imperial. Por sua causa, a região ficou conhecida como "Meyer" (pronuncia-se "Maier"). Depois de certo tempo, os moradores aportuguesaram o termo para "Méier" e ?Grande Méier?.

Como podemos ver, o Acordo tem lá a sua lógica. Pelo menos, em alguns pontos... (ou não... rs). Assim, captá-la é tanto avançar no processo de compreensão do funcionamento normatizado da Língua Portuguesa quanto pavimentar o caminho para o êxito nos certames públicos. Vixe! "Ki Xíki!" Kkkk...

Bom, para finalizar, a versão definitiva e tão esperada do PORTAL MB já está quase pronta (www.marcelobernardo.com.br)... Uhhhhuuuuuuu...!!! Até o fim deste mês ele entrará no ar, repleto de novidades (cursos on-line, materiais de estudo em pdf, dicas, curiosidades, blog do Bem e muito mais!). Aguardem!

É isso aí, pessoal! Um forte abraço e um ótimo estudo a todos!

Prof. Marcelo Bernardo

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