Português para TRT-MG: Orientações de estudo


via Byline

Olá, pessoal!

É uma satisfação estar aqui!

Hoje compartilho algumas orientações de estudo para aqueles que prestarão o concurso para o Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).

Trata-se de um certame bastante disputado, requerendo o máximo de empenho dos candidatos.

Como sabemos, a banca organizadora é Fundação Carlos Chagas, e as provas estão previstas para o dia 26 de julho do vigente ano.

Em se tratando de Língua Portuguesa, recomendo priorizar o estudo dos seguintes assuntos (aqueles com maior probabilidade de figurar no caderno de questões):

Domínio da ortografia oficial e emprego da acentuação gráfica (temas importantes para o tópico 'redação – confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas).

(FCC) Acentuam-se devido à mesma regra os seguintes vocábulos do texto:

(A) também, mantêm, experiências.

(B) indígenas, séculos, específico.

(C) acúmulo, importância, intercâmbio.

(D) políticas, história, Pará.

(E) até, três, índios.

Comentário: Os vocábulos "indígenas", "séculos" e "específico" são proparoxítonos, razão por que são acentuados em razão da mesma regra. Com isso, a letra (B) é a resposta da questão.

Nas demais opções:

a) apenas as palavras "também" e "mantêm" são oxítonas, enquanto "experiências" é uma palavra paroxítona.

c) apenas as palavras "importância" e "intercâmbio" são paroxítonas (aquelas em que o acento tônico recai na penúltima sílaba), ao passo que "acúmulo" é um vocábulo proparoxítono.

d) o vocábulo "história" é paroxítona, enquanto "políticas" é proparoxítono e "Pará", oxítono.

e) a preposição "até" é oxítona, enquanto "três" é monossílabo tônico e "índios" é paroxítono.

Gabarito: B.

 

(FCC) Todos os termos estão empregados e grafados corretamente em:

(A) Os povos indígenas mencionados no texto detêm uma extensão de terras que vai do Amapá ao norte do Pará.

(B) Na opinião das autoras, o discurso dos livros didáticos trás uma visão, por vezes, distorcida da história dos índios brasileiros.

(C) Os povos indígenas do Amapá e do norte do Pará manteram uma história em comum ao longo do tempo.

(D) Alguns preconceitos serão desfeitos quando se fazer um estudo mais amplo a cerca dos povos indígenas do Brasil.

(E) As autoras se proporam a enfocar a história dos povos indígenas do Amapá e do norte do Pará por um novo viéz.

Comentário: Os vocábulos "indígenas" e "detêm" foram grafados em conformidade com a norma-padrão.

Nas demais opções, as correções são, respectivamente:

b) traz (verbo trazer)

c) mantiveram

d) quando se fizer ; acerca

e) se propuseram ; viés.

Gabarito: A.

 

Emprego dos sinais de pontuação (com destaque para a vírgula).

(FCC) A passagem do texto que se mantém correta após o acréscimo da vírgula é:

(A) Essas relações até hoje, não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais…

(B) Essa amplitude das redes de relações regionais, faz da história desses povos uma história rica em ganhos e não em perdas culturais…

(C) … como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam, a história dos índios no Brasil.

(D) Processos estes que se somam, às diferentes experiências de contato vividas pelos distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que entre eles chegaram…

(E) … com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região, podemos constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram isolados entre si.

Comentário: Nosso gabarito é encontrado na letra (E). A inserção da vírgula deve-se ao caráter explicativo do trecho "com um pouco mais de conhecimento sobre a região".

Nas demais opções:

a) a vírgula separa o sujeito do predicado. Para que houvesse a correção, o adjunto adverbial "até hoje" deveria ser isolado por vírgulas.

b) a vírgula separa sujeito e predicado.

c) a vírgula separa o verbo de seu complemento.

d) novamente, a vírgula separa o verbo de seu complemento.

Gabarito: E.

 

Sintaxe (com valor semântico dos conectivos).

Considere a passagem do texto: No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais. O termo ora, em destaque, expressa ideia de:

(A) finalidade.

(B) causa.

(C) alternância.

(D) comparação.

(E) conclusão.

Comentário: A expressão 'ora…ora' exprime ideia de alternância.

Gabarito: C.

 

 

Sintaxe de concordância (com destaque para a verbal)

Está redigida em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa a frase:

(A) Ocupa-se as faixas de terra que vão do Amapá ao norte do Pará com várias comunidades indígenas.

(B) Faz pelo menos três séculos que esses povos partilham uma história de relações comerciais, políticas, matrimoniais e rituais.

(C) São comuns livros didáticos que, ao tratarem da condição dos índios do Brasil, contribui para divulgar uma história de perdas culturais.

(D) O acúmulo de experiências de contato entre diferentes povos permitiram que ocorresse processos de fusão e de separação de grupos.

(E) Com o avanço das frentes de colonização em suas terras, foi trazido uma série de novos conhecimentos e tecnologias.

Comentário: O verbo "fazer" foi empregado no sentido de tempo transato, pretérito, razão por que permaneceu corretamente na terceira pessoa do singular (verbo impessoal).

Nas demais opções:

a) Ocupam-se as faixas de terra…

c) São comuns livros didáticos que (…) contribuem…

d) O acúmulo (…) permitiu …

e) foi trazida uma série …

Gabarito: B.

 

 

Emprego de tempos e modos verbais. Vozes do verbo.

(FCC) … enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios… (3o parágrafo)

A passagem destacada acima está corretamente reescrita na voz passiva, preservando-se a correlação entre as formas verbais, em:

(A) por nós os índios seriam descobertos.

(B) nós tínhamos descoberto os índios.

(C) os índios é que nós descobrimos.

(D) os índios foram descobertos por nós.

(E) descobria-se os índios.

Comentário: A conversão da voz ativa para a passiva analítica obedece ao seguinte esquema:

VOZ ATIVA                     VOZ PASSIVA

Sujeito: Nós                     Agente da passiva: por nós

OD: os índios                  Sujeito paciente: Os índios

descobrimos (verbo)       foram descobertos (locução verbal de voz passiva)

Logo, ao ser vertido para a voz passiva, o trecho "nós descobrimos os índios" apresenta-se sob a forma "Os índios foram descobertos por nós", validando a letra (D) como resposta da questão.

Gabarito: D.

 

 

Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação. Domínio dos mecanismos de coesão textual.

Uma história em comum

 

Os povos indígenas que hoje habitam a faixa de terras que vai do Amapá ao norte do Pará possuem uma história comum de relações comerciais, políticas, matrimoniais e rituais que remonta a pelo menos três séculos. Essas relações até hoje não deixaram de existir nem se deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais, estendendo-se à Guiana-Francesa e ao Suriname.

Essa amplitude das redes de relações regionais faz da história desses povos uma história rica em ganhos e não em perdas culturais, como muitas vezes divulgam os livros didáticos que retratam a história dos índios no Brasil. No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais. Processos estes que se somam às diferentes experiências de contato vividas pelos distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que entre eles chegaram, dos quais existem registros a partir do século XVII.

É assim que, enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios e achamos que, por esse motivo, eles dependem de nosso apoio para sobreviver, com um pouco mais de conhecimento sobre a história da região podemos constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia nunca viveram isolados entre si. E, também, que o avanço de frentes de colonização em suas terras não resulta necessariamente num processo de submissão crescente aos novos conhecimentos, tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à primeira vista pode nos parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em suas novas experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num processo de ampliação de suas redes de intercâmbio, que não apaga − apenas redefine − a importância das relações que esses povos mantêm entre si, há muitos séculos, "apesar" de nossa interferência.

(Adaptado de: GALLOIS, Dominique Tilkin; GRUPIONI, Denise Fajardo. Povos indígenas no Amapá e Norte do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como vivem e o que pensam? São Paulo: Iepé, 2003, p.8-9)

(FCC) As culturas dos povos indígenas do Amapá e norte do Pará foram enriquecidas devido:

(A) ao processo de colonização, que permitiu que a civilização, trazida pelos brancos, substituísse as tradições locais.

(B) à chegada dos brancos na região, pois, até então, esses povos indígenas viviam afastados, sem interagir entre si.

(C) ao intenso contato entre esses povos, o que resultou em diferentes processos de adição ou substituição de itens culturais.

(D) aos acordos políticos e comerciais firmados entre o governo brasileiro e países com os quais faz fronteira.

(E) à interferência do branco nas relações entre esses povos, que se tornam pacíficas apenas a partir do século XVII.

Comentário: No segundo parágrafo do texto, encontramos o argumento que valida nosso gabarito: "No caso específico desta região do Amapá e norte do Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos itens culturais".

Gabarito: C.

(FCC) Os povos indígenas do Amapá e norte do Pará:

 

(A) preservam sua cultura evitando relações comerciais com povos de outros países.

(B) receberam influência dos não-índios sem se tornar necessariamente submissos a eles.

(C) vêm se tornando cada vez mais dependentes da tecnologia dos brancos.

(D) permaneceram alheios à tecnologia que os colonizadores trouxeram consigo três séculos atrás.

(E) lutam para garantir que suas tradições permaneçam inalteradas ao longo do tempo.

Comentário: A partir da última parte do terceiro parágrafo, compreendemos que os povos indígenas do Amapá e do norte do Pará não se tornaram submissos aos não-índios: "E, também, que o avanço de frentes de colonização em suas terras não resulta necessariamente num processo de submissão crescente aos novos conhecimentos, tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à primeira vista pode nos parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em suas novas experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num processo de ampliação de suas redes de intercâmbio, que não apaga − apenas redefine − a importância das relações que esses povos mantêm entre si, há muitos séculos, "apesar" de nossa interferência".

Gabarito: B.

(FCC) Os pronomes destacados no último parágrafo − nós, nosso, nos, nossa − fazem referência:

(A) aos povos indígenas da Amazônia.

(B) a todos os indígenas brasileiros.

(C) às redes de intercâmbio indígenas.

(D) aos representantes da cultura hegemônica.

(E) a todos os habitantes das zonas urbanas do Brasil.

Comentário: No contexto, os pronomes destacados – nós, nosso, nos, nossa – revela a cultura daqueles que a representam hegemonicamente. Desse modo, a letra (D) é o gabarito.

Gabarito: D.

(FCC) A alternativa que apresenta uma passagem do texto corretamente reescrita, sem alteração de sentido, é:

(A) … até hoje não deixaram de existir… (1o parágrafo) = … permaneceram até os dias atuais…

(B) … nem se deixaram restringir… (1o parágrafo) = … não se permitiram difundir…

(C) … dependem de nosso apoio… (3o parágrafo) = … acatam nossa sugestão…

(D) … podemos constatar que os povos… (3o parágrafo) = … devemos questionar que os povos…

(E) … nunca viveram isolados… (3o parágrafo) = … sempre se esquivaram do convívio…

Comentário: Há total equivalência vocabular e de sentido entre "até hoje não deixaram de existir" e "permaneceram até os dias atuais", validando a letra (A) como gabarito.

Nas demais passagens:

b) restringir e difundir são expressões antônimas no contexto.

c) os verbos depender e acatar não se equivalem contextualmente.

d) constatação e questionamentos são conceitos distintos.

e) as expressões são contrárias.

Gabarito: A.

 

Estas e muitas outras dicas estão no Curso de Língua Portuguesa para o TRT-MG. Confiram!

Abraços e sucesso!

Fabiano Sales.

 

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